O Índice Nacional de Consumo dos Lares Brasileiros acumula alta de 2,14% de janeiro a abril, aponta o monitoramento do Departamento de Economia e Pesquisa da Associação Brasileira de Supermercados (ABRAS).
Em abril, o consumo dos lares cresceu 1,47% ante março e 2,09% em relação ao mesmo mês de 2022. Todos os indicadores foram deflacionados pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O levantamento contempla todos os formatos e canais operados pelos supermercados.
“A combinação da desaceleração nos preços dos alimentos, a sequência de queda nos preços das carnes e os recursos injetados na economia trouxeram mais consistência ao consumo nos lares no quadrimestre”, analisa o vice-presidente da Abras, Marcio Milan.
No semestre, o novo reajuste do salário mínimo (+1,4%), o reajuste dos salários dos servidores federais (+9%), a restituição do primeiro lote do Imposto de Renda 2023 (R$ 7,5 bi), a ampliação da isenção do imposto de renda para R$ 2.640,00, a antecipação do 13º dos aposentados e pensionistas do INSS devem movimentar a economia.
Em junho, a continuidade dos resgates dos recursos do PIS/Pasep, do pagamento de precatórios do INSS, a manutenção dos programas de transferência de renda do governo federal — Bolsa Família e Primeira Infância e a implantação do Benefício Variável para crianças, adolescentes e gestantes e o pagamento do Auxílio Gás — tendem a contribuir para a composição da cesta de alimentos.