Café torrado suspeito e azeite fraudado foram retirados do mercado; arroz e feijão com erros de classificação também foram apreendidos
O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) realizou uma ampla operação de fiscalização com o objetivo de combater fraudes relacionadas ao café torrado e moído, azeite de oliva e verificar a qualidade do arroz e feijão ofertados ao consumidor. Também foram verificadas questões de rastreabilidade e resíduos de agrotóxicos em frutas e vegetais frescos comercializados na Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp).
A operação, coordenada pelo Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov), foi realizada na semana passada e envolveu a fiscalização de indústrias engarrafadoras de azeite, redes atacadistas e a Ceagesp, maior central de abastecimento da América Latina. Durante a ação, foram apreendidos 7.799 quilos de feijão, 14.565 quilos de arroz e 8.950 litros de azeite fraudado na indústria embaladora. Essa quantidade significativa de produtos irregulares evidencia a importância do trabalho de fiscalização para garantir a qualidade e a segurança dos alimentos ofertados à população.
Simultaneamente, também ocorreu uma ação de combate a fraudes no café torrado no Distrito Federal, onde foram retirados de comercialização 2.093 pacotes de 500 gramas que apresentavam indícios de conter matérias estranhas e impurezas acima do permitido pela Portaria nº 570/2022 do Mapa. Essa medida visa salvaguardar a saúde dos consumidores e preservar a reputação da indústria alimentícia.
Na região de São Paulo, amostras de café torrado e moído foram coletadas para análise pela equipe que participou da força-tarefa. Pacotes de arroz vendidos embalados em cestas básicas e de uma marca de feijão em promoção foram apreendidos em um atacadista – os produtos estavam embalados com a indicação de “tipo 1”, mas continham grãos quebrados ou pela metade, grãos ardidos (visivelmente fermentado na parte interna, com ou sem alteração na cor da película) e até grãos de soja misturados.
Uma fábrica de óleos foi interditada pela Vigilância Sanitária do Estado de São Paulo, em uma operação conjunta com o Mapa realizada na quinta-feira (25). Havia irregularidades na rotulagem, ausência de rastreabilidade em tanques com matéria-prima supostamente indicada como azeite pela empresa. Amostras foram coletadas e serão analisadas pelos laboratórios oficiais do Mapa.