O novo consumidor no mercado 5.0 | JValério

O novo consumidor no mercado 5.0

10/09/2024

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Eu sempre digo que a verdade é provisória, pois o mundo é VUCA, sigla para Volatility (volatilidade), Uncertainty (incerteza), Complexity (complexidade) e Ambiguity (ambiguidade). É um termo que serve para descrever um cenário de incertezas e mudanças constantes que vivemos no mundo. Após a pandemia do Covid-19, os consumidores não são mais os mesmos, seus hábitos de consumo mudaram de maneira obrigatória.

Na verdade, os consumidores não são mais os mesmos de alguns anos atrás ou até mesmo de antes da pandemia. Novas preocupações, além de “quanto custa” e “o que vou comprar hoje?”, estão estimulando mudanças significativas no perfil dos novos clientes.

O chamado novo consumidor, de acordo com algumas pesquisas, é uma pessoa preocupada com o meio ambiente, com as crises ambientais e sociais. Está sobrecarregado de tanta informação, telas e tecnologias, mas ao mesmo tempo sabe que depende delas para se relacionar e ter acesso a um novo mundo em que está inserido.

Esse novo consumidor tem um conjunto de características. A primeira que se deve considerar é que ele é um consumidor muito mais exigente, porque ele é muito mais digital e, portanto, mais conectado, chamado 5.0. Ele tem muito mais informações a respeito da marca, do produto, serviço ou qualquer outra coisa que seja de seu interesse e, por isso, passa mais tempo pesquisando.

A sua referência para a busca de informações e conhecimento passa a ser os grandes aplicativos e serviços digitais. Ele observa o Instagram, o Google, o Facebook, o TikTok e se baseia na experiência que tem dentro desses aplicativos. Experiência essa baseada na facilidade, rapidez e fluidez na realização de qualquer ação. Desta forma, ele espera que as marcas também ofereçam esse tipo de usabilidade.

De acordo com um relatório da WGSN, podemos dividir o consumidor do futuro em três principais tipos:

  1. Estabilizadores: esse perfil de consumidor está sobrecarregado, pois carregam pressões que precisam enfrentar e sabem que não será fácil combatê-las. No entanto, buscam tranquilidade e não querem ter opções em excesso. Optam por produtos e experiências que proporcionam bem-estar.
  2. Comunitários: o consumidor comunitário é aquele que está fugindo dos grandes centros para ter uma vida mais tranquila em cidades menores ou interioranas. Por outro lado, não querem perder o acesso aos produtos e serviços que tinham antes. Pelo contrário, querem se manter ativos e relevantes em suas novas cidades, por isso tendem a investir mais na própria comunidade.
  3. Novos otimistas: esse grupo não pode ser definido por faixa etária ou qualquer outra característica, pois não formam um grupo homogêneo. São pessoas que gostam de se aventurar e defendem seus ideais de forma positiva. Quando o assunto é consumo, os novos otimistas querem compartilhar, sem renunciar à inclusão e da conectividade.

A cada dia surge um novo tipo de consumidor que está buscando um melhor equilíbrio entre a vida pessoal, profissional e o consumo. Isso aponta para uma busca pela redução do stress e uma priorização do bem-estar.

O consumo passa a ser menos automático e mais intencional. A compra por impulso perde espaço e a ideia de “consumir melhor” ganha e passa a preferir produtos duráveis e confiáveis, além de soluções práticas que agreguem valor à sua vida e atendam a várias necessidades ao mesmo tempo.

O “novo consumidor” seguirá mudando seus hábitos de consumo e é essencial o monitoramento dessa evolução. A empresas e profissionais de marketing e de vendas, além de comunicação, devem acompanhar macrotendências de consumo, buscar acesso as informações atualizadas a cada dia.

E para conhecer melhor o seu público-alvo, é recomendável buscar ou realizar pesquisas de nicho, além de analisar o feedback sobre a marca e o conteúdo de redes sociais e outros canais de comunicação.

Enfim, diante dessa realidade, com a mudança de comportamento do consumidor, não há dúvidas de que os negócios precisam se adaptar a este novo cenário se desejarem se manter no mercado e competitivos. Assim, é preciso pensar em estratégias para se adaptar ao novo momento do consumidor.

As empresas vivem em pista rápida, em que a verdade é provisória, e o espírito de startup cada vez mais presente no mercado, visando a sustentabilidade e vantagem competitiva.

Pense nisso!

*Autor, Prof. Dr. Claudio Shimoyama, CEO do Grupo Datacenso, Consultor em Marketing Estratégico e Mentor empresarial.

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